Lula aplica para cima dos agricultores

Em portaria o governo Lula irá aumentar o índice de produtividade das propriedades rurais.
Os índices servem para qualificar as propriedade como produtivas ou não produtivas.
Com essa atitude o governo Lula exigirá que os agricultores aumentem seus níveis de produção, caso contrário as propriedades serão enquadradas como passíveis de desapropriação e constituirão terras disponíveis para a Reforma Agrária.O impressionante dessa atitude é que o ato foi realizado frente a uma pressão do MST. O MST é um movimento que não existe legalmente, mas tem grande tráfego e poder no governo federal.


O ato também cobra uma melhoria da produção das propriedades rurais, mas não oferece recursos financeiros para que isso aconteça.
O Ministro do Desenvolvimetno Agrário diz que essa revisão é uma conquista para que se produza mais alimentos. Uma mentira.
Na verdade o aumento trata-se de uma intervenção do governo na produção rural, pois milhares de médios e pequenos agricultores sofrem pelo pouco crédito atualmente disponível para suas produções. Sofrem pelos altos juros cobrados pelos financiamentos bancários necessários para bancar as produções, isso sem contar que muitas produções são perdidas por problemas climáticos.
Se já era difícil produzir para chegar num mínimo de produção para pagar suas dívidas, deverá produzir agora para chegar aos níveis de produtividade do governo.
Por coisas assim é que os agricultores de nossa região preferem deixar suas trerras para produzir cana ao invés de produzir outros alimentos.
O Governo Federal contribui agora para agravar ainda mais o quadro de nossa produção agrícola.
Abaixo transcrevo a reportagem do Jornal Folha de São Paulo.
Governo se compromete a atualizar índices de produtividade de terra

18/08/2009 - 21h28
Folha de São Paulo
http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u611668.shtml
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá assinar em 15 dias a portaria com a atualização dos índices de produtividade de terra. O compromisso foi assumido nesta terça-feira pelos ministros Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário) e Luiz Dulci (Secretaria-Geral), durante reunião com a coordenação nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).
A atualização dos índices era uma das reivindicações do movimento, que realizou manifestações em todo o país e manteve 3.000 trabalhadores acampados em Brasília desde o último dia 10.
O governo anunciou também que irá recompor o orçamento do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em R$ 338 milhões para obtenção de terras e a desapropriação da fazenda Nova Alegria, no município de Felisburgo (MG).
Pela proposta do MDA os índices --que servem de parâmetro para classificar uma propriedade como produtiva ou improdutiva-- serão atualizados com base na produção agrícola municipal, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por microrregião geográfica.
Os atuais índices foram fixados em 1980 com base no censo agropecuário de 1975. Agora levarão em conta a média de produtividade dessas microrregiões entre 1996 e 2007. "A revisão dos índices é uma conquista para que de fato as terras agrícolas do país produzam alimento para os brasileiros", afirmou Cassel.
O MST considerou as medidas uma conquista histórica para a reforma agrária. Mas disse que ainda são necessários avanços.
"O atendimento de parte de nossa pauta é uma conquista da mobilização do acampamento e dos estados nesta jornada, mas ainda são insuficientes para solucionar as necessidades dos trabalhadores rurais acampados e assentados", analisa Marina dos Santos, da coordenação nacional do MST.