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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Caixa verde

Não poderia deixar de colocar essa carta do Sr. João Zanata Neto sobre a questão da reciclagem do lixo, assunto que é muito caro a Santa Cruz do Rio Pardo, pela falta de políticas concretas para buscar amenizar o problema.

Publicado no Jornal Debate - Edição 1158 - Semana de 15/06/2003 a 22/06/2003
http://www2.uol.com.br/debate/1158/index.htm

Nos Estados Unidos o setor de reciclagem já atingiu níveis de macroeconomia que superam em muito a União Européia. Enquanto a UE preocupa-se em reduzir a produção de lixo, os EUA procuram não diminuir o volume e aproveitar ao máximo os resíduos do consumismo. São duas políticas diferentes mas, não tirando a razão da UE, a opção norte-americana tem um caráter empregatício benéfico ao capitalismo que não pode ser desprezado.
Em resumo, a reciclagem nos EUA é feita com um caminhão que possui dois compartimentos na carroceria: um para vidros, plásticos e metais; e outro, somente, para papéis. Apenas um motorista coleta de casa em casa os resíduos recicláveis depositados em uma caixa verde plástica, muito semelhante àquelas onde se transportam saquinhos de leite.
Na caixa verde são depositados vidros, plásticos, metais e papéis. O lixo orgânico é acondicionado nos tradicionais sacos plásticos. Daí, os recicláveis seguem para empresas processadoras e os orgânicos para aterros com drenagem, sendo que os orgânicos são transportados como de costume pela prefeitura. As tintas, solventes, pesticidas e lâmpadas fluorescentes não se permite o depósito nas ruas. Cada cidadão deve levá-las em um depósito da prefeitura que lhe dará o fim apropriado. Há empresas que reaproveitam o gás dos fracos e o próprio frasco metálico. Outras reciclam computadores, configurando um computador a partir das boas peças encontradas. Outras, ainda, reaproveitam o mercúrio das lâmpadas fluorescentes. Enfim, o processo já se especializou.
Aqui em Santa Cruz muito já se falou sobre o assunto. Há até uma associação, mas creio que lhe falta apoio técnico e legal para difundir suas ações. Há os que dizem que não se deve dar o peixe, e sim ensinar a pesca. Porém, para pescar é preciso varinha, anzol, linha, isca e um rio com peixes. Quero dizer que tal associação necessita de informação (SEBRAE), apoio administrativo (gerentes voluntários provisórios), financiamento (ou doações), isto é, viabilidade para o melhor desempenho.
Mas o segredo de todo o método de reciclagem está em educar a população para seu sucesso. Já vi muita gente (não se preocupem, não citarei nomes) jogando lixo em terrenos baldios, rios, nas caçambas exclusivas para descarte de alvenaria. Que vergonha! Há pessoas que não tem suporte de lixo, amarram nas árvores, ou deixam no chão à toda sorte de roedores e cães famélicos. Há, ainda, os inconvenientes suportes afixados nas grades das casas onde poderemos bater a cabeça e suportes sem arredondamentos que trazem perigos para as crianças.
Uma população que aprende as várias regras de trânsito pode muito bem aprender as regras de reciclagem. Eis uma boa idéia para um projeto de lei, senhores vereadores. Tudo isto pede providências a longo, médio e curto prazo para que o lixo não se torne uma ameaça à humanidade, senão um fator de lucro.
— João Zanatta Neto (Santa Cruz do Rio Pardo-SP)
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